segunda-feira, maio 29, 2006

quinta-feira, maio 25, 2006

Num passeio pelas ruas...

Texto e fotografia de Victor Martins
Num passeio pelas ruas de Brasília minha câmera só capturou pessoas. Às vezes fragmentos de pessoas, às vezes pessoas fragmentadas - mas indiferente a isso, só capturou pessoas.




sexta-feira, maio 19, 2006

Rabiscos fotográficos

Texto e arte de Victor Martins

Rabiscos de uma cidade, rascunho de um povo. Fotografias do rabisco simples que é brasília. Não sou nenhum famoso arquiteto para querer rabiscar tão bem, tanto que meus rabiscos são fotográficos. Debaixo do pé de árvore penso na vida. Dentro da cabine de filmes, na mulher que se exibe. Velho e provavelmente bêbado, sonho estar sóbrio. Cortante como a tesoura do cabelereiro, estarei sempre afiado, pronto para cortar como a navalha do barbeiro. Os personagens dessas fotografias poderiam ter pensado isso? Não importa, agora são só rabiscos fotográficos.



segunda-feira, maio 15, 2006

Manifestação contra Censura

Fotografia e vídeo de Alexandra Martins




quinta-feira, maio 11, 2006

Futuros jornalistas são educados com censura

Imagem de Thales Sabino
Texto de Victor Martins

O interesse de cursos particulares de jornalismo ou qualquer outra graduação particular é o lucro. Faz parte do capitalismo. Mas está na hora de parar para pensar que tipo de profissionais esses cursos estão interessados em formar.

No dia 9 de maio, no Centro Universitário de Brasília – UniCEUB, o jornal laboratório Esquina, teve a distribuição proibida. Os 3 mil exemplares impressos foram retidos pela reitoria do centro universitário. Segundo alunos do 6º semestre de jornalismo, que produzem o jornal, ele teve a distribuição proibida por causa da matéria Comigo é no popular, texto que falava sobre o ex-governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz.

Segundo um professor do UniCEUB, o jornal laboratório é impresso no Comunidade, periódico de distribuição gratuita que tem laços estreitos com Joaquim Roriz. O episódio do Esquina não é um caso isolado de influência política nos meios de comunicação em Brasília, o Correio Braziliense tem um histórico de influências de Joaquim Roriz, cujo desfecho foi o fim da gestão de Ricardo Noblat. Provavelmente não foi uma ordem de Roriz o impedimento da distribuição do jornal, foi decisão da própria reitoria que tem laços políticos com ele, afinal, será inaugurado na Esplanada dos Ministérios o complexo cultural João Herculino – que é o nome do fundador e falecido reitor do UniCEUB.

O caso é grave, isso que aconteceu foi censura. Uma agressão a direitos de expressão. O agravante é ter ocorrido isto em uma faculdade que possui três disciplinas de ética. A academia deveria ser o lugar do livre pensamento e da criação. Como uma faculdade ensina jornalismo e faz prática de censura. Será que ela espera que futuros jornalistas fiquem quietos? Se eles tentaram formar comunicadores conformistas, não deu certo. Nas palavras de Jean Paul Sartre: “O homem não é nada se não for um contestador”. A comunidade de comunicadores de Brasília deve contestar esse fato. O Sindicato de Jornalistas Profissionais do DF já se solidarizou e em nota disse: “A atitude da direção do UniCEUB é antipedagógica: como é possível educar para a liberdade promovendo a censura?”.

Resultado da pesquisa: "Porque Antony Birrento Garotinho não quer comer?"



Com o fim da greve de fome a primeira enquete da PQP chega ao fim. Garotinho aceitou o convite para garoto propaganda de Bélissima e quando for maior fará fotos sensuais para revistas eróticas.

Greve de fome chega ao fim (infelizmente)

Sacanagem de Victor Martins
Fotografia da Folha de São Paulo


Depois de dez dias em greve de fome e 6,2 kg mais magro, o pré-candidato à atriz principal de malhação e a garoto propaganda de Belíssima, Antony Garotinho encerrou a greve de fome. Em manifestação que reuniu 5.000 militantes do PMDB contra a calça jeans de Rosinha Matheus, Garotinho afirmou estar sendo perseguido pela “trindade do mal”, segundo o pequeno garotinho, essa entidade é composta pela calça da Gang, o zíper Castidade e o cinto Num Abro. Na foto acima, Rosinha e Garotinho na janela do H(M)otel onde Garotinho tirou a barriga da miséria.

quarta-feira, maio 10, 2006

PQPictures Apresenta: A saga de um garotinho

Com a greve de fome, garotinho perdeu muito peso e está sendo sondado para ser o garoto propaganda da empresa de Silvio de Abreu - Bélissima.

Amigos próximos do grevista, afirmam que essa greve é culpa da calça jeans que a esposa de garotinho usa para dormir.


Com a esposa dormindo de calça jeans, garotinho resolveu aproveitar a falta de comida, malhar um bocado e se candidatar para atriz principal na próxima temporada de malhação. Agora já é quase uma garotinha, e turbinada.


Fontes informaram que garotinho está fazendo birra porque a mãe não prepara mais "tutu" para ele. De acordo com a mãe, a poupança do garoto estava muito grande, ele estava comendo demais, por isso parou de preparar o tutu para o garoto.
OBS: "Como pedofilia é crime, este blog se abstem de cometer a prática ilícita de expor a poupança de um garotinho"

segunda-feira, maio 08, 2006

Texto de Arnaldo Jabor na Rádio CBN


Amigos ouvintes, hoje não vou falar com vocês, não. Eu vou falar com um garotinho, lá do Rio de Janeiro, que fica fazendomalcriação, e não quer comer. Olha aqui, garotinho, você é um menino muito manhoso!
Come. Toma aqui, garotinho, toma uma colherzinha de mingau. Não quer? Ah... quer tutu né? Tutu você gosta, né? Mas não pode. Principalmenteo tutu do povo. Meu filho, come. Você assim vai ficar magrinho. Come, bolinha. Engraçado! Você manda sua Rosinha entregar R$ 330.000.000,00, ouseja, U$ 160.000.000,00. Você manda sua Rosinha entregar esses 160 milhõesde dólares sem licitação, sem contratos, sem nada, a meia dúzia de ONGs corruptas que não existem, sem endereço, tudo laranja e quando descobrem sua travessura você fica magoadinho e resolve não comer.
Ah, Garotinho, para comisso, come. Em vez de ficar fazendo manha, manda devolver os 160 milhões de doláres do povo, que foram entregues a ladrões, que depois iam financiar suacampanha, hein... e outras mumunhas que todos sabemos, não é? Devolve o dinheiro, Garotinho! Não adianta devolver os 600 mil reais que você járecebeu por conta, nem negar o aviãozinho a jato do traficante que você alugou.
Não adianta. Tem que devolver os 160 milhões de dólares. Essa granadava pra fazer uns 15 bons hospitais no Rio. Essa grana é 20 vezes mais doque a Rosinha investiu em equipamentos pra saúde. Anda, garotinho, come!Essa manha não adianta! Você pensa que os moços do PMDB vão querer vocêdepois dessa malcriação? Os moços brigam com você! Ah, já sei! Já sei quevocê quer ficar magrinho, sem bochechinha, não é? E ainda por cima, bancar avítima política! Oh, meu filho, pensa que o povo é bobo? Come, garotinho, emanda sua senhora devolver um dos maiores desvios de verba da históriabrasileira (160 milhões de dólares)! Vamos logo! Não adianta fazer manha,não! Come e devolve o dinheiro, Garotinho.

Brasília: Reflexões sobre um retrato brasileiro

Texto de João Filipi e Victor Martins
Fotografia de João Filipi

Brasília é uma cidade cosmopolita cheia de contrastes e povos. Só existe uma forma de entender as diferenças desse povo, estando entre eles. O Setor Comercial Sul, CONIC, Setor Bancário Sul e Rodoviária - tornaram-se um retrato dessas diferenças. Estilos e classes se cruzam todos os dias nessas áreas. O respeito mútuo é algo sonhado, mas as classes ainda são oprimidas, estilos sofrem preconceitos e os tons da pele julgam as pessoas. Mesmo uma terra cosmopolita, é uma terra desigual. Uma pessoa jamais será igual a outra, mas merece respeito pela mera humanidade que carrega consigo.







sexta-feira, maio 05, 2006

Os brasileiros que invadiram o inferno-Parte I

Literatura de Cordel - Autor: Pedro Costa

Desde que criaram o mundo
que existe tentação
Diabos, demônios, capetas,
Sinônimos de assombração
Hoje no mundo moderno
Ninguém sabe onde é o inferno
Mas todo lugar tem cão
Depois que foi invadido
O inferno por lampião
Que controlou por uns dias
Até voltar pra o sertão
Lúcifer, volta à chefia
E depois daquele dia
Não houve mais confusão
Lúcifer baixou um decreto:
Chamou na "grande" a porteiro:
Só entra aqui no inferno
Quem me consultar primeiro,
Já chega de prejuízo
E botou mais um aviso
"Não aceitamos brasileiro"
Brasileiro quer um motivo
Pra mostrar que é valente
Vingar a morte do pai
Uma surra de parente
E por tudo quer brigar
Nós não vamos aguentar
No inferno aquela gente

PorNós

Texto e Fotografia de Alexandra Martins


Pornografia comercial. Pornografia alternativa. Pornografia erótica. Pornografia-arte. Muitas podem ser as características da pornografia, isso depende da forma como ela é produzida e mostrada ao público. Seja como instrumento de transgressão ao se utilizar de outros olhares sobre o corpo. Seja como reprodutora da dominação machista através dos esteriótipos e repetição de padrões.

Grande parte da pornografia que conhecemos segue um padrão, ela é feita para homens heterossexuais. As imagens contemplam mulheres jovens, em sua grande parte loiras, com seios abundantes, barriga “travada” e bunda arrebitada.

Mesmo a pornografia com personagens lésbicos, não contempla o desejo e vontades de seu público, pois o mercado da indústria pornográfica ainda se refere ao homem heterossexual como público-alvo. Ignorando a existência de que gays, lésbicas e mulheres heterossexuais possam ter desejos e prazeres.

Todavia a lógica da pornografia feita para o público gay também segue modelos e também são representações de “jogos de poder”. Excluem efeminados, grande parte dos vídeos e fotos pornôs são protagonizados por personagens fortes, brancos e de olho claro. Muitos pesquisadores têm se dedica a observar o discurso de revistas pornô gay como a G Magazine. Certificam-se que a revista não representa o público que o consome. São discursos que reprimem mais do libertam.

O campo da indústria pornográfica não é feito por santos, isso é óbvio, há uma série de violências contra direitos civis e exploração humana. Mas, quando ela é feita por coletivos ou indivíduos que almejam a autenticidade no campo pornográfico, as imagens tornam-se um exercício intelectual que demonstra as diversas alternativas que a pornografia pode ter. Não que exista uma correta ou menos violenta. No final das contas, como está escrito no começo desse texto, tudo depende da forma como a pornografia é produzida e qual seu objetivo: baseado em lucro ou no prazer?

Colaboradores