No Brasil ninguém se importa com um problema até ele chegar ao nível de catástrofe. Quem liga se os controladores de vôo são sargentos que ganham salário incompatível com a função exercida.
Para controlar o superlotado tráfego aéreo, o cidadão trabalha oito horas diárias e ganha mil e seiscentos reais. Olha que é um salário muito bom para um Brasil subnutrido e desempregado, mas não é salário suficiente para quem está sobrecarregado de trabalho.
A quantidade de aviões no céu cresceu de forma desproporcional a quantidade de operadores de vôo. Sem possibilidade de controlar essa crise, o governo convocou militares da reserva e até o pessoal que está doente. Outra solução encontrada foi aumentar a carga horária dos operadores. Afinal, o trabalho vai dignificar esses sargentos e ainda vai deixar o céu tranqüilo para os aviões.