Estes são acontecimentos comuns para recordar o Dia Internacional da Mulher. Contudo, em 24 estados do Brasil os Fóruns Estaduais de Mulheres e grupos da sociedade civil que fazem parte do movimento feminista preferem comemorar de outra maneira. Na véspera, dia sete de março, * serão realizadas manifestações, atos e vigílias alertando para a impunidade da violência contra as mulheres e pela aprovação do Projeto de Lei nº 4559. Esse projeto prevê medidas educativas, assistenciais e punitivas para a violência doméstica.
A data vêm sendo comemorada a mais de 25 anos e percebo muita gente se questionando se ainda haveria necessidade de tanta ação. Algumas pessoas dizem “se hoje elas conquistaram o direito de votar, trabalhar e até entrar no campo político, o que falta mais ?”
O questionamento emerge com um ar inseguro, com uma certa desconfiança e um medo de perda de espaço. Entendemos. As mulheres já conquistaram vários espaços. Contudo, quando se trata de violência, muitas não conseguem enfrentá-la, seja nos espaços privados quanto públicos.
A tese de que a sociedade é organizada de forma patriarcal, onde os homens recebem vantagens sobre as mulhers ainda é muito criticada. Mesmo nas relações homoeróticas (entre pessoas do mesmo sexo), a hierarquia de papeis sexuais é bem diferente quando se observa a dinâmica de casais de lésbica e de casais gays. A violência entre casal de lésbicas é mais velado, assim como a demonstração da lesbiofobia.
Pesquisas comprovam que a violência contra gays se encontra, em grande parte, nos espaços públicos. É mais fácil de perceber, está na cara da sociedade. Enquanto isso, a violência contra lésbicas está nos espaços privados. Dentro das casas onde os/as agressore/as podem ser tanto parentes próximos como a própria companheira.
Espaço do leitor
Comentário feito por Magie no Pauta que pariu
Muito bom este texto. O destaque sobre a violência feita por outra mulher é uma questão importante, porém ocultada na políticas públicas. Os feminismos ainda têm um grande trabalho pela frente!
Comentário feito por Victor Martins no Pauta que pariu
Hoje não dou parabéns a nenhuma mulher pelo oito de março. Isso porque a data me parece machista e eu sou machista. Comemoraria se hoje fosse a data do fim da venda de bundas mulatas para estrangeiros. Sou machista, ainda não conheci um homem que não seja. Não acredito que dar uma rosa vermelha a uma mulher vá resolver desigualdades.
Na onda dos dias internacionais, poderia ser criado o dia internacional do ser-humano. Precisamos de um dia para lembrar do significado da palavra Humano, para ver se o homem aprende a olhar a mulher como semelhante. Para que se acabe com humilhações e relações desiguais entre homens, mulheres, gays, lésbicas e transgêneros (tá vendo como sou machista, falei dos homens primeiro).
Como disse uma amiga feminista, tem de ser “além dos risos e flores”. Oito de março não deveria servir para presentes. Essa data deveria ser um marco na legitimação dos Direitos Feministas, dos Direitos Humanos. Um dia para homens entenderem o machismo. E para todos entenderem que o diferente não é ruim. Se eu falei merda me critiquem.
Comentário feito por Rogério Moraes no Pauta que pariu
A data acaba sendo apenas Histórica, e simbólica. O que interessa mesmo é criar condições de igualdade para todos sem exceções onde o cidadão seja agraciado com privilégios de acordo com a sua competência e não pelo sexo, cor de pele, crença ou por qualquer outro fator.Pela luta as mulheres merecem parabéns todos os dias mais com certeza elas querem apenas respeito.
4 comentários:
Muito bom este texto. O destaque sobre a violência feita por outra mulher é uma questão importante, porém ocultada na políticas públicas.
Os feminismos ainda têm um grande trabalho pela frente!
=*
Hoje não dou parabéns a nenhuma mulher pelo oito de março. Isso porque a data me parece machista e eu sou machista. Comemoraria se hoje fosse a data do fim da venda de bundas mulatas para estrangeiros. Sou machista, ainda não conheci um homem que não seja. Não acredito que dar uma rosa vermelha a uma mulher vá resolver desigualdades.
Na onda dos dias internacionais, poderia ser criado o dia internacional do ser-humano. Precisamos de um dia para lembrar do significado da palavra Humano, para ver se o homem aprende a olhar a mulher como semelhante. Para que se acabe com humilhações e relações desiguais entre homens, mulheres, gays, lésbicas e transgênicos (tá vendo como sou machista, falei dos homens primeiro).
Como disse uma amiga feminista, tem de ser “além dos risos e flores”. Oito de março não deveria servir para presentes. Essa data deveria ser um marco na legitimação dos Direitos Feministas, dos Direitos Humanos. Um dia para homens entenderem o machismo. E para todos entenderem que o diferente não é ruim. Se eu falei merda me critiquem.
Tenho que fazer uma retificação, onde se lê "transgênicos", leia-se "transgêneros".
A data acaba sendo apenas Histórica, e simbólica. O que interessa mesmo é criar condições de igualdade para todos sem exceções onde o cidadão seja agraciado com privilégios de acordo com a sua competência e não pelo sexo, cor de pele, crença ou por qualquer outro fator.
Pela luta as mulheres merecem parabéns todos os dias mais com certeza elas querem apenas respeito.
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